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Arquitetos: Rever & Drage Architects
- Área: 29 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Tom Auger
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Fabricantes: Jatak, JØTUL, Schüco, Wood Cladding, nordvestvinduet
Descrição enviada pela equipe de projeto. Há uma tradição de longa data em relação aos pequenos refúgios na arquitetura. Historicamente, este tipo de edificação serviu de abrigo e apoio para outras atividades recreativas, como caminhadas, caça ou pesca. Entretanto, desde o livro "A vida nos bosques" de Walden de Thoreau, ainda no século XIX, o pequeno refúgio também tem sido um objetivo em si, normalmente para escapar do estresse da vida cotidiana. Para o morador da cidade moderna, isso pode ser um desejo permanente.
Esta pequena cabana em Nordmarka, região selvagem imediata de Oslo, na Noruega, se encaixa bem na tradição dos esconderijos. Ela contém os recursos essenciais e não muito mais do isso. É de fácil manutenção e limpeza. É leve e aberta, mas também íntima e aconchegante. Além do aconchego e do que é estritamente prático, o projeto focou principalmente nas qualidades do terreno, incluindo um sério compromisso com a vista principal do pôr do sol, mata e lagos.
Além do tamanho restrito do volume, o impacto ambiental no local é reduzido ainda mais pela técnica da fundação. Por meio do uso de parafusos de aço inseridos na rocha, a fundação é limitada a seis pequenos orifícios perfurados. Isso significa que, se desejado, a cabana pode ser facilmente removida e o local é totalmente restaurado com o mínimo de esforço.
A cabana é posicionada ao lado de uma estrutura mais antiga, aproximadamente do mesmo tamanho que a nova. Juntas, as duas formam um pátio angulado que se abre para o sol e para as principais vistas ao sudoeste. Foi considerada uma reforma e ampliação na cabana antiga, mas o cliente queria preservar a sua qualidade, tanto na expressão quanto no material, e o projeto de restruturação foi, portanto, abandonado. Em vez disso, as cabanas são usadas em conjunto, no qual a nova possui todas as comodidades modernas, como água e eletricidade, e a antiga oferece espaço adicional para estar e dormir (em condições ainda mais rudimentares), quando necessário.
Era importante para o cliente manter o charme antiquado dos anos 1930 na área externa principal. A nova cabana tem, portanto, janelas nesta fachada que se relacionam com as aberturas da antiga estrutura. Ao mesmo tempo, o cliente queria ter uma visão desobstruída do pôr do sol. Para evitar conflito entre esses dois objetivos, um banco é posicionado em frente ao canto de vidro aberto, ocultando-o se visto desde a área externa. Ele também contém um suporte de aço para o telhado, de forma que a visão de dentro pode ser ainda mais desobstruída, evitando um suporte na esquina envidraçada.
O interior tem um conceito simples, mas funcional, com diferentes níveis subindo e contornando a área central. Do piso mais áspero da entrada, sobe-se um degrau para a zona de estar. Dois degraus acima está a área de lazer combinada com uma área de dormir para os adultos e, no topo da escada, está a área de brincar e dormir para as crianças. O banheiro e depósitos situam-se na área abaixo dos respetivos níveis.